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ABTCP 2022 apresenta pauta central relevante à competitividade de um setor em ascensão

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Em sua 54ª edição, Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel reúne os principais fabricantes e fornecedores da indústria de base florestal para discorrer sobre os mais modernos incrementos tecnológicos e as melhores práticas ESG 

São Paulo, 27 de setembro de 2022 – Seguindo o forte ritmo de crescimento apresentado nos últimos anos, a indústria de celulose e papel mantém boas perspectivas para o encerramento de 2022. De acordo com o Boletim Cenários Ibá, produzido pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), a produção de celulose cresceu 7,8% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a fabricação de papel demonstrou aumento de 3,1%, na comparação dos mesmos períodos.

A perspectiva de crescimento do consumo global de celulose de fibra curta para papel reflete um cenário de longo prazo igualmente positivo, com um incremento de cerca de 2,1% ao ano. Já o consumo total de celulose de mercado para papel, que contempla também celulose de fibra longa, deve crescer 1,7% ao ano, passando de 71 milhões de toneladas em 2020 para 94 milhões de toneladas em 2035, conforme projeção da consultoria Pöyry Tecnologia. Apesar das elevadas incertezas atuais relacionadas ao comércio global, a indústria de celulose reúne tendências positivas, principalmente devido ao crescimento do mercado global de papel tissue e de papéis para embalagem, exacerbado pelas restrições chinesas na importação de aparas de papel.

Ainda de acordo com os dados fornecidos pela Pöyry, o consumo mundial de papel em 2020 foi de 411 milhões de toneladas. Os papéis de imprimir e escrever representam 20% do consumo total e vêm despontando como os mais afetados pelas transformações tecnológicas. Contudo, os demais tipos de papéis, como cartões, embalagem, sacos kraft e tissue representam 80% do consumo total e têm perspectivas positivas em relação ao crescimento do consumo.

As demandas de uma sociedade que, cada vez mais, prioriza produtos advindos de cadeias sustentáveis, somam-se ao clima favorável para os próximos investimentos anunciados pelo setor de árvores cultivadas. Segundo levantamento mais recente da Ibá, um aporte de R$ 60,4 bilhões está em curso e deve se estender até 2028, sendo direcionado a plantios florestais, novas fábricas, expansões de capacidade, ciência e tecnologia.

A indústria de celulose e papel desponta como um dos principais representantes do setor de árvores plantadas, que hoje já atua como protagonista da preservação ambiental. “O Brasil é líder mundial na produção de celulose de mercado e isso se deve à sua alta competitividade frente aos outros países fabricantes. Os vários usos que a celulose está encontrando, não só na indústria do papel como em outros mercados diversos, a exemplo de vestimentas, alimentos e cosméticos, comprovam seu crescimento e sua importância para o País e para o mundo”, contextualiza Agostinho Monsserrocco, presidente da Oji Papéis.

Inserida neste contexto positivo, a Oji investe na multiplicidade de aplicações dos papéis que desenvolve. “Desde o início da pandemia, estamos vivenciando uma alta demanda do label (etiquetas térmicas), como consequência do aumento de entregas via e-commerce, assim como de outros produtos variantes, que surgem constantemente e conquistam novos mercados. Casos de soluções de termo transferência para etiquetas, tickets e comprovantes de conta pública estão entre os exemplos”, descreve Monsserrocco. Ele lembra que, assim como vem acontecendo no setor de embalagem, a indústria alimentícia, de cosméticos e muitas outras vêm demonstrando interesse crescente em embalar seus produtos em materiais recicláveis e sustentáveis. “Continuaremos nossos investimentos na diversificação dos produtos e no avanço da tecnologia de produção de papel, a fim de atender aos requisitos e tendências de mercado.”

A Suzano destaca-se como a maior fabricante de celulose de mercado do mundo e uma das maiores produtoras de papéis da América Latina. A força competitiva da companhia advém da sua estratégia e foco em execução, conforme detalha João Vitor Zocca Moreira, diretor de Controladoria e Planejamento Financeiro da Suzano. “Temos uma base industrial composta por 11 fábricas em operação, uma área plantada de aproximadamente 1,4 milhão de hectares, além de 1 milhão de áreas destinadas à conservação, uma estrutura logística com portos dedicados no Brasil e bases para abastecer nossos clientes em todo mundo, uma avançada área de Tecnologia e Inovação e um mercado consumidor de nossos produtos em mais de 100 países. Vale destacar que 100% de nossas plantas de celulose e papel são integradas.”

Entre os investimentos em andamento da Suzano, está a construção de uma fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo (MS). A nova unidade foi projetada para ser a mais competitiva entre todos os parques fabris da Suzano e levará à ampliação de aproximadamente 20% da atual capacidade de produção de celulose da empresa, hoje em 10,9 milhões de toneladas anuais. “Todos os nossos processos e produtos são pautados pela inovabilidade, ou seja, a inovação a serviço da sustentabilidade. Por isso focamos nesse conceito e no desenvolvimento de novos mercados para utilização sustentável da nossa celulose”, frisa Moreira.

Por meio da joint venture WoodSpin, parceria com a finlandesa Spinnova, a Suzano também está construindo uma fábrica na Finlândia voltada à produção de fibras têxteis a partir da celulose brasileira. Recentemente, a companhia ainda anunciou a intenção de construir uma nova fábrica de papel tissue no Espírito Santo. Adicionalmente às novas fábricas, a Suzano tem investido em logística, com a construção recente de um terminal no Porto de Itaqui (MA), e no desenvolvimento de novos produtos feitos a partir de matéria-prima renovável, entre diversas outras iniciativas em curso na companhia.

Os desafios acarretados pelo período pandêmico reforçaram a necessidade de colocar as estratégias corporativas em prática. “Um olhar abrangente sobre o contexto atual mostra a relevância que as indústrias de celulose e papel representam para o cenário mundial. Isso faz com que cada organização precise inovar e se adaptar às novas tecnologias, fortalecendo-se como especialista no que produz e entregando valor, excelência e confiabilidade ao cliente”, explana Thiago Karam Westphalen, diretor da INCAPE.

Westphalen ressalta que a INCAPE se aperfeiçoou de forma notável nos últimos dois anos, não somente como indústria, mas principalmente como propulsora da valorização do ser humano, tornando-se a maior fabricante de papelcartão maculatura para as indústrias tissue da América. Firme no propósito de atender ao segmento tissue com alta performance e eficiência, a empresa estuda seu plano de expansão para o próximo ano. “Inovação, globalização e produtividade regem nossos pilares futuros, a fim de melhor atender à indústria tissue”, adianta o executivo.

Na visão de Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da Klabin, a conscientização de que a sustentabilidade, em diálogo com os pilares do ASG (também conhecido em Inglês como ESG – Environment, Social and Governance), precisa ser o foco central dos negócios está sendo consolidada dia após dia e a indústria de papel e celulose, como protagonista desse movimento, tem a vantagem competitiva de ter nascido com esse DNA. “O papel é uma das bases para uma economia mais sustentável e, por isso, investimos massivamente em Pesquisa e Desenvolvimento para melhorar nossas soluções, tornando-as ainda mais eficientes e capazes de atender às necessidades de consumo, buscando também novas aplicações que ampliem de maneira significativa o potencial de nossas florestas.”

A Klabin possui um modelo de negócios diversificado, integrado e flexível, norteado por desenvolvimento sustentável e inovação. “A Agenda ASG está no centro do nosso plano, sendo o alicerce da busca contínua da companhia para unir produtividade e competitividade ao menor impacto ambiental possível”, frisa Razzolini, informando que, ao longo dos últimos anos, a Klabin vem desenvolvendo inovações embasadas na economia circular e nas tecnologias baseadas em materiais renováveis e de baixo carbono. “Tivemos avanços fundamentais no desenvolvimento de biobarreiras e na otimização máxima dos recursos em que resíduos geram valor ao serem reinseridos nos sistemas produtivos”, exemplifica.

Atualmente, a Klabin passa pelo maior ciclo de crescimento de sua história, que teve início com o anúncio do Projeto Puma II, e segue consistente, com uma série de aportes na expansão do negócio de embalagens. “Adquirimos, em 2020, a operação de embalagens de papelão ondulado e papéis para embalagens da International Paper no Brasil, em uma transação de R$ 330 milhões, seguido de um aporte de R$ 342 milhões, em 2021, em projetos especiais e de expansão, sendo a maior parte voltada para o aumento de capacidade de embalagens. Neste ano, anunciamos dois outros importantes projetos: o investimento de R$ 188 milhões para a expansão da unidade de produção de embalagens de papelão ondulado em Horizonte (CE) e R$ 1,6 bilhão no Projeto Figueira, uma nova unidade de embalagens de papelão ondulado, em Piracicaba (SP), com capacidade de 240 mil toneladas de papelão ondulado, prevista para iniciar sua operação no segundo trimestre de 2024”, elenca Razzolini.

 

54º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel tem início em 4 de outubro

Atenta ao cenário atual e ao amplo potencial da indústria de celulose e papel no contexto da economia circular, a ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel – promoverá com a participação dos fabricantes: CENIBRA, INCAPE, Klabin, Oji Holdings e Suzano e de fornecedores do setor o 54º Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel — ABTCP 2022 entre os dias 4 e 6 de outubro. Realizado no Transamerica Expo Center, em São Paulo, o evento trará o tema Celulose e Papel: Meio ambiente, Sociedade, Governança e Inovação como pauta central, convidando profissionais que atuam na indústria de celulose e papel a atualizarem os seus conhecimentos e conferir as últimas tendências acerca do setor.

A retomada do formato presencial do evento promovido pela ABTCP anualmente traz a oportunidade de reencontro dos maiores players da indústria global de celulose e papel. “O fato de o evento acontecer no Brasil, maior produtor de celulose de fibra curta do mundo, resulta em um grande ponto de encontro para os maiores tomadores de decisão do ramo”, ressalta Westphalen, diretor da INCAPE.

Moreira, diretor de Controladoria e Planejamento Financeiro da Suzano, concorda que a retomada do evento presencial potencializa ainda mais as trocas e discussões de alto nível sobre temas de interesse do setor com porta-vozes que são referências nacionais a internacionais. “Será um momento para nos atualizarmos sobre muitos avanços que tivemos na cadeia produtiva durante o período de pandemia e, consequentemente, entender os diferentes caminhos que contribuíram para manter o nosso setor como protagonista no desenvolvimento de soluções sustentáveis para a sociedade.”

“Certamente a troca de experiências e conhecimentos técnicos de um evento desta magnitude será bem mais rica presencialmente”, corrobora Monsserrocco, presidente da Oji Papéis. “O Brasil só mantém esta liderança de mercado porque conta com uma associação forte, como a ABTCP, que une as principais cabeças do mercado técnico”, sublinha sobre uma das principais frentes de trabalho da entidade.

Para Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da Klabin, a retomada de encontros presenciais marca — ainda que de forma simbólica, visto que a indústria de celulose e papel não deixou de operar durante o período de distanciamento social — o retorno após um longo período de transformação, no qual, por um lado, passamos por situações complexas e, por outro, evoluímos nas formas de nos relacionarmos à distância. “Estamos extremamente felizes em reencontrar os colegas em eventos como o Congresso e Exposição ABTCP, que reúne um público qualificado e conteúdo de extrema relevância para o nosso setor. Os contatos presenciais são muito efetivos para o desenvolvimento de novas oportunidades de negócios”, pontua.

A Sessão de Abertura do ABTCP 2022 — que acontecerá às 10h do dia 4 de outubro, dentro do pavilhão de exposições do Transamerica Expo Center — dará início a uma série de atividades planejadas para os três dias de evento. Na oportunidade, a ABTCP entregará os troféus aos ganhadores do Prêmio de Destaques do Setor 2020, premiação que foi postergada devido às circunstâncias relacionadas à pandemia da Covid-19.

A Sessão contará também com a participação especial de Gonzalo Muñoz, membro do conselho consultivo da agenda de ação climática global da ONU, cofundador e presidente do conselho de administração da TriCiclos, uma das empresas latino-americanas mais reconhecidas em economia circular e reciclagem, e colíder da Manuia Consultoria. Gonzalo também cofundou o Sistema B e foi membro do conselho global do BLab nos últimos sete anos. O palestrante convidado para abrir o ABTCP 2022 discorrerá sobre as práticas ambientais, sociais e de governança, resumidas pela sigla em inglês ESG, que têm direcionado a atuação das organizações atualmente.

Avaliando o programa elaborado para a composição do evento, Julio César Tôrres Ribeiro, diretor industrial e técnico da CENIBRA e presidente do Congresso ABTCP 2022, destaca o propósito de aliar a apresentação dos mais modernos incrementos tecnológicos ao compartilhamento de informações sobre as práticas ESG. “Quando falamos de ações no âmbito ESG, podemos constatar que a experiência prática da indústria de base florestal vem de longa data. Os indicadores de sustentabilidade que mensuram os trabalhos realizados em diferentes frentes demonstram e comprovam o escopo abrangente no qual já atuamos e no qual pautamos as mudanças almejadas para o futuro. O evento deste ano reflete uma grande oportunidade para nos debruçarmos sobre o tema e até mesmo para sermos referência para empresas que estão ingressando nesta temática”, afirma, ressaltando que o know how de décadas, baseado em práticas sustentáveis, abre espaço para intercâmbio com outros segmentos.

O enfoque à inovação desponta como mais um destaque proposto pela programação do ABTCP 2022. A pauta central foi planejada para apresentar seus mais recentes desenvolvimentos e frentes de pesquisa, a exemplo do potencial da nanocelulose no contexto da bioeconomia. Palestrantes da Microsoft, Gartner e SAP reforçarão o time de especialistas dedicados a esmiuçar os temas relacionados à tecnologia e inovação que prometem uma série de avanços já em curto prazo, fortalecendo a tendência de integração proposta pelos conceitos da Indústria 4.0.

Além dos estandes das fabricantes CENIBRA, INCAPE, Klabin, Oji Holdings e Suzano, e dos principais fornecedores de tecnologia do setor, que somarão uma área ocupada de dois pavilhões em 8 mil m², um dos destaques da Exposição será uma área especialmente destinada aos estandes das associações representantes da indústria de celulose e papel — ABTCP, Ibá e Empapel, entre outras instituições setoriais —, com atividades programadas para os três dias de evento.

 

ABTCP 2022 — 54º Congresso e Exposição ABTCP

Data: 4 a 6 de outubro de 2022

Local: Transamerica Expo Center

Credenciamento para Exposição: https://abtcp2022.org.br/visitantes/

Programação do Congresso: https://abtcp2022.org.br/programacao/

 

Informações para imprensa

Jornalistas interessados em acompanhar a Sessão de Abertura para cobertura do evento ou em participar de sessões técnicas do Congresso, podem se cadastrar com as jornalistas da ABTCP: Patrícia Capo e Thais Santi pelos e-mails patriciacapo@abtcp.org.br e thais@abtcp.org.br ou da Ibá: Cindy Correa e Mariana Polli pelos e-mails cindy.correa@iba.org e mariana.polli@iba.org
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